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A importância da nutrição para portadores de autismo.


Dentre os Transtornos Invasivos do Desenvolvimento (TID), o autismo é o mais conhecido. É característico de atrasos e desvios no desenvolvimento das habilidades sociais, comunicativas e cognitivas, ocasionando uma interrupção dos processos normais.

Além das características mais expressivas percebidas nos portadores do transtorno, especialmente, ao falho desenvolvimento da linguagem e interação social, ainda se obtém uma série de desordens gastrointestinais que podem prejudicar os autistas, como baixa produção de enzimas digestivas, inflamações da parede intestinal, e a permeabilidade intestinal alterada, sendo que todos estes fatores acentuam os sintomas dos portadores da doença.

Em relação à alimentação, especialmente durante a refeição, três aspectos mais importantes são apontados: seletividade, que limita a variedade de alimentos, podendo levar a carências nutricionais; recusa, mesmo ocorrendo a seletividade é frequente a não aceitação do alimento selecionado o que pode levar a um quadro de desnutrição calórico-proteica e a indisciplina que também contribui para a inadequação alimentar.

Segundo Carvalho (2012), estudos apontaram altas concentrações de aminoácidos e peptídeos originados da alimentação no sangue, no fluído cerebrospinal e na urina de autistas. Após os achados surgiu a possível possibilidade da relação entre autismo e distúrbios do metabolismo proteico.

As dietas à base de vegetais e a proteína caseína podem colaborar com estado mental em encefalopatia hepática, especialmente pela caseína conter menos aminoácidos aromáticos (AAA, que são a fenilalanina, triptofano e tirosina) e mais aminoácidos de cadeia ramificada (AACR, que são a valina, isoleucina e leucina).

De acordo com o Cuppari (2002), o fato da escolha dos AACR aos AAA deve-se que os AACR asseguram o fornecimento de nitrogênio necessário para preservar o metabolismo, sem afetar o estado mental dos indivíduos. As crianças autistas possuem, com periodicidade, sintomas gastrointestinais tais como, dor abdominal, diarréia crônica, flatulência, vômitos, regurgitação, perda de peso, intolerância aos alimentos, irritabilidade, disenteria entre outros.

Devido a essas ocorrências seria curioso a diminuição da ingestão de glúten, que contém no trigo, aveia, centeio e cevada, porque pode ocasionar dano resultante das vilosidades da membrana intestinal dando em uma potencial ou real má absorção de todos os nutrientes (MAHAN e STUMP, 2002). Em estudos apresentados com crianças autistas dinamarquesas e alemãs, foi apontado baixo peso ou queda para este quadro. Algumas crianças e adolescentes com autismo podem carecer de dietas especiais, cujas intervenções nutricionais se constituem em certas carências, como a aparição de alergias alimentares ou a ausência de consideráveis vitaminas e minerais que poderiam acarretar os sintomas fundamentais do autismo. Alguns pais ofertam para suas crianças autistas uma dieta sem glúten e caseína, contudo, alguns pesquisadores encaminham o suplemento da dieta com vitamina B6 e magnésio. Alguns autores admitem que o glúten e a caseína provocam sensação de prazer, além de hiperatividade, ausência de concentração, irritabilidade, impedimento na interação da comunicação e sociabilidade. Estudos informam que pessoas autistas, os quais adotaram a uma dieta isenta de caseína e glúten, demonstraram melhoria dos sintomas. Recomenda-se que os peptídeos de glúten e caseína, assim como outros componentes nutricionais, podem ter alguma atuação na fisiopatologia do autismo, todavia não há provas que legalizem sua diminuição até o instante.


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